Chamado as organizações estudantis, de professores e trabalhadores e a todos os ativistas do mundo em defesa da educação pública de contra as privatizações
Uma greve e um dia de ação no próximo 4 de março, em defesa da educação pública e contra os cortes no orçamento e as demissões. Essa foi a resolução da conferência realizada na Universidade da Califórnia, em Berkeley, em 24 de outubro. O evento contou com a presença de 800 representantes de faculdades e centros educacionais de todo o Estado.
Um componente chave desta greve e desta campanha é a luta contra a privatização do sistema de educação pública na Califórnia. Entretanto, este ataque contra a educação e os empregados e serviços públicos, é uma ofensiva mundial. Esta demanda é uma luta internacional pela defesa da educação pública e sociais e contra o financiamento da guerra.
Os cortes no setor afetam tanto a Educação pré-universitária (chamada de K-12 que inclui pré-escola, ensino fundamental e médio), como a universitária (são três sistemas públicos estaduais: os colégios comunitários, a Universidade Estadual da California – CSU e a Universidade da California – UC).
Estas medidas afetam a quantidade de alunos por sala de aula e os salários e benefícios dos professores no K-12. Nas universidades há aumento nas mensalidades, corte de salas de aula, horário de funcionamento de bibliotecas, demissões de trabalhadores, redução de salários e direitos.
Onda de mobilizações na Califórnia - Houve duas grandes mobilizações. A primeira foi no dia 24 de setembro de 2009. Cerca de 9 mil estudantes e trabalhadores paralisaram as atividades e fizeram atos e passeatas. O centro da manifestação foi a Universidade da Califórnia (principalmente o campus de Berkeley), mas também houve protestos em dois campus da Estadual.
A segunda foi no dia 18 ao dia 20 de novembro com greves, paralisações, protestos, ocupações. As principais foram em Los Angeles, Berkeley e Santa Cruz. Houve muitos confrontos com a polícia com ampla publicidade na imprensa local e nacional.
Esta onda de mobilizações ocorre em um momento importante nos EUA. Diferente do Brasil, a percepção da crise econômica persiste e gera descontentamento em amplos setores da classe trabalhadora. Há os primeiros sinais de ação entre os trabalhadores. Na Ford, a nova proposta de flexibilização de direitos defendida pelo sindicato UAW foi derrotada em referendum (foi a primeira vez em 50 anos que o sindicato perde um referendum nas grandes montadoras americanas).
Em Nova Iorque uma lista antiburocrática ganhou a eleição no importante sindicato dos transportes. Neste ano, 1400 trabalhadores de hotéis de São Francisco se mobilizaram pela renovação do contrato e quase invadiram o Hotel Hilton. No Arizona, 10 mil manifestantes protestaram contra o famigerado xerife Joe Arpaio conhecido em todo o país pela sua ação contra os imigrantes. Fora dos EUA, há a greve dos trabalhadores da Vale Inco no Canadá contra a redução de direitos.
Conquistas - A força do movimento teve algumas vitórias. Em Berkeley, as bibliotecas foram reabertas em período integral. O governador Arnold Scharzenegger anunciou que ampliará o financiamento para dois sistemas de universidades públicas – UC e CSU – de 7% para 10% do orçamento estadual, retirando recursos do orçamento das prisões.
Já os reitores anunciaram que estão apoiando o dia 4 de março como dia de pressão sobre o governo estadual.
A Conlutas se junta a essa mobilização e chama as organizações dos trabalhadores, estudantes e professores de todo o mundo e a suas organizações que enviem declarações de solidariedade, em defesa da educação pública.
Segue exemplo de moção:
Moção
Companheiras e Companheiros
Vimos através desta expressar nossa solidariedade ao movimento dos trabalhadores, professores e estudantes da Califórnia.
Em todo mundo o peso da crise econômica está sendo colocado nas costas dos trabalhadores através de demissões, corte de direitos, cortes nos orçamentos da educação, saúde e previdência social.
No entanto não há cortes quando se trata de orçamento para a guerra, construção de prisões e salvamento de bancos e grandes corporações.Isto é inaceitável!
O dia de luta dos estudantes, professores e trabalhadores da Califórnia em defesa da Educação Pública é um exemplo que certamente inspirará os trabalhadores e jovens de todo o mundo.
Todo o apoio à luta pela Educação Pública!
Uma greve e um dia de ação no próximo 4 de março, em defesa da educação pública e contra os cortes no orçamento e as demissões. Essa foi a resolução da conferência realizada na Universidade da Califórnia, em Berkeley, em 24 de outubro. O evento contou com a presença de 800 representantes de faculdades e centros educacionais de todo o Estado.
Um componente chave desta greve e desta campanha é a luta contra a privatização do sistema de educação pública na Califórnia. Entretanto, este ataque contra a educação e os empregados e serviços públicos, é uma ofensiva mundial. Esta demanda é uma luta internacional pela defesa da educação pública e sociais e contra o financiamento da guerra.
Os cortes no setor afetam tanto a Educação pré-universitária (chamada de K-12 que inclui pré-escola, ensino fundamental e médio), como a universitária (são três sistemas públicos estaduais: os colégios comunitários, a Universidade Estadual da California – CSU e a Universidade da California – UC).
Estas medidas afetam a quantidade de alunos por sala de aula e os salários e benefícios dos professores no K-12. Nas universidades há aumento nas mensalidades, corte de salas de aula, horário de funcionamento de bibliotecas, demissões de trabalhadores, redução de salários e direitos.
Onda de mobilizações na Califórnia - Houve duas grandes mobilizações. A primeira foi no dia 24 de setembro de 2009. Cerca de 9 mil estudantes e trabalhadores paralisaram as atividades e fizeram atos e passeatas. O centro da manifestação foi a Universidade da Califórnia (principalmente o campus de Berkeley), mas também houve protestos em dois campus da Estadual.
A segunda foi no dia 18 ao dia 20 de novembro com greves, paralisações, protestos, ocupações. As principais foram em Los Angeles, Berkeley e Santa Cruz. Houve muitos confrontos com a polícia com ampla publicidade na imprensa local e nacional.
Esta onda de mobilizações ocorre em um momento importante nos EUA. Diferente do Brasil, a percepção da crise econômica persiste e gera descontentamento em amplos setores da classe trabalhadora. Há os primeiros sinais de ação entre os trabalhadores. Na Ford, a nova proposta de flexibilização de direitos defendida pelo sindicato UAW foi derrotada em referendum (foi a primeira vez em 50 anos que o sindicato perde um referendum nas grandes montadoras americanas).
Em Nova Iorque uma lista antiburocrática ganhou a eleição no importante sindicato dos transportes. Neste ano, 1400 trabalhadores de hotéis de São Francisco se mobilizaram pela renovação do contrato e quase invadiram o Hotel Hilton. No Arizona, 10 mil manifestantes protestaram contra o famigerado xerife Joe Arpaio conhecido em todo o país pela sua ação contra os imigrantes. Fora dos EUA, há a greve dos trabalhadores da Vale Inco no Canadá contra a redução de direitos.
Conquistas - A força do movimento teve algumas vitórias. Em Berkeley, as bibliotecas foram reabertas em período integral. O governador Arnold Scharzenegger anunciou que ampliará o financiamento para dois sistemas de universidades públicas – UC e CSU – de 7% para 10% do orçamento estadual, retirando recursos do orçamento das prisões.
Já os reitores anunciaram que estão apoiando o dia 4 de março como dia de pressão sobre o governo estadual.
A Conlutas se junta a essa mobilização e chama as organizações dos trabalhadores, estudantes e professores de todo o mundo e a suas organizações que enviem declarações de solidariedade, em defesa da educação pública.
Segue exemplo de moção:
Moção
Companheiras e Companheiros
Vimos através desta expressar nossa solidariedade ao movimento dos trabalhadores, professores e estudantes da Califórnia.
Em todo mundo o peso da crise econômica está sendo colocado nas costas dos trabalhadores através de demissões, corte de direitos, cortes nos orçamentos da educação, saúde e previdência social.
No entanto não há cortes quando se trata de orçamento para a guerra, construção de prisões e salvamento de bancos e grandes corporações.Isto é inaceitável!
O dia de luta dos estudantes, professores e trabalhadores da Califórnia em defesa da Educação Pública é um exemplo que certamente inspirará os trabalhadores e jovens de todo o mundo.
Todo o apoio à luta pela Educação Pública!
Publicado em www.conlutas.org.br
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