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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Previdência Social

Há muito que o PSTU já vem expondo que a Previdência Social no Brasil é superavitária. Até o momento, além deste partido, quase ninguém mais defendia a ideia, acreditando nas colocações mal-intencionadas de todos os governo.
Porém, na última semana dados do DIEESE confirmam as denúncias já feitas pelo PSTU.
Abaixo, reprodução de notícia publicada no site do CPERS Sindicato:

Previdência social gera superávit, afirma Dieese
Tem tornado-se comum ouvir e ler, quase diariamente, que a previdência social no Brasil é deficitária e por isso necessita ser reformada. Estudo divulgado em novembro deste ano pelo Dieese desmonta essa argumentação.

Segundo o levantamento, a receita de 2009 alcançou R$ 392,2 bilhões. Já o pagamento de todos os benefícios urbanos e rurais, assistenciais, transferências de renda, saúde e outras despesas totalizaram R$ 359,65 bilhões. A diferença positiva é de R$ 32,6 bilhões.

A conta feita por aqueles que defendem a reforma leva em conta como receita apenas aquela proveniente da folha de pagamento (R$ 182 bilhões) e como despesa, os benefícios urbanos e rurais (R$ 223,85 bilhões), mais as transferências para estados e municípios (R$ 1,03 bilhão).

Desconsiderando outras importantes variáveis na formação da receita, essa conta gera um déficit de R$ 44,88 bilhões.

O Dieese destaca ainda que o modelo atual de previdência garante a cobertura da população e o equilíbrio entre o financiamento e as despesas com a proteção social.

João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Educação Pública Estadual em Pernambuco

... aqui em Pernambuco o governo pseudo-socialista Eduardo Campos (PSB) promoveu uma verdadeira esculhambação educacional. Destruiu o Plano de Cargos e Carreiras do Trabalhadores em Educação, o que resultou em perdas salariais. As escolas ditas de Referências, que excluem professores e alunos e o falido programa Travessia bancado pela Fundaçao Roberto Marinho proliferam-se.Professores são vigiados pelos técnicos contratados pelo governo e tem seus horários expostos na internet. Turmas do fundamental em algumas escolas da rede foram extintas num piscar de olhos, diretores que não apoiam as mazelas do governo são depostos. Não
há eleição direta, os gestores permanecem no cargo por meio de decreto. As salas de aulas continuam lotadas e calorentas, há escolas funcionando em galpões. O governo não paga o Piso, juntou nossa gratificação de exercício do magistério ao salário base e mente na imprensa dizendo que paga o Piso. Não discute melhorias salariais, mas bonificação as escolas que executam de cabo a rabo as metas estipuladas pela empresa mineira INDG que agora gerencia a educação no Estado. Esses são apenas alguns dos "feitos" na educação realizados pelo senhor Eduardo Campos.
Um abraço


Dê um vasculhada no nosso blog e vai encontar uma série de postagem que tratam das questões citadas.
E-mail recebido de uma professora pernambucana

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

E agora, José?

A festa acabou, a luz apagou... e foi anunciado o secretário da educação do futuro governo, é José Clóvis de Azevedo, tem no currículo passagem na direção do CPERS, participou de outros governos do PT e é da corrente Democracia Socialista.


O futuro secretário é sabedor que os educadores não concordam com a meritocracia, por várias razões, aliás, o próprio, em uma fala num encontro organizado pelo CPERS, reconheceu que este projeto só agrava os problemas da educação, na ocasião citou pesquisa recente da ex-secretaria da educação do Bush, que implementou a meritocracia nos EUA, e que apresenta dados e números da falência que foi o projeto, uma avaliação que parte da realidade concreta.


O fato de ter sido dirigente do CPERS não significa muita coisa, lembremos a Mariza, mesmo que rapidamente, além disso, tivemos outras experiências com lideranças, saídas do sindicato, que assumiram postos em governos, mas tivemos uma colega que despertou uma forte ilusão na categoria, a Lucia Camini no governo Olívio, pois defendia 190% de reposição salarial, coisa que não cumpriu e a valorização no governo Olívio teve que ser arrancada na luta, na greve.


Este governo se elegeu e desperta esperança, mas entre os educadores está longe de ter a mesma expectativa do que foi com Olívio, o que é positivo, pois mesmo que o futuro secretário tenha inclinação contrária à meritocracia, ele seguirá as diretrizes que o governo estabelecer, neste sentido criar ilusão que este tema não será retomado, pelo governo do Tarso, não permite a preparação necessária para o que vem pela frente.


Nossos desafios continuam, os educadores terão que manter acessa a utopia, que não veio, e exigir do José a sua coerência e lhe perguntar você marcha José, para onde?
Prof. Manoel
Diretor 22º Núcleo CPERS
Gravataí

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Revelações sob o ENEM

O Exame Nacional que visa indicar os alunos aptos a frequentarem a universidade tem sido fonte de boas polêmicas nos últimos dois anos. Entretanto, é possível que alguns aspectos não tenham recebido a devida atenção.
Em 2009, após o escândalo do vazamento da prova a dois dias de sua aplicação, em segunda data, teve um de seus maiores testes – a redação – versando sobre si mesma: ética e corrupção. A própria prova era reflexo da falta da virtude na sociedade atual.
Um ano após, vem outra vez o ENEM demonstrar, nitidamente, outro aspecto da realidade vivida. Basta pensar: quem são os estudantes/candidatos ali sentados por horas a fio, tentando resolver da forma mais adequada as 180 questões objetivas, além da elaboração de um texto, nas tardes de sábado e domingo? Jovens e trabalhadores em busca de uma graduação universitária para chegar a melhores condições de trabalho e salário.
Observe-se, então, o outro lado: quem eram as pessoas que possibilitaram a realização do exame, nas diversas instituições onde o mesmo fora aplicado? Professores com curso superior, em grande número com especialização, trabalharam durante o fim de semana, no mês de novembro, durante oito ou nove horas de cada dia. Seriam esses trabalhadores, voluntários? NÃO! Esses profissionais são educadores, na maioria professores, no final de mais um ano letivo, que empenharam seu período de descanso, abdicaram do convívio com a família, de suas horas de lazer, em troca de um “extra” no valor de R$65,00 por dia.
Este é o retrato mais perfeito do descaso dos governos com a educação; da falta de investimentos nesta área; dos salários indignos que o professor – profissional que oportuniza a existência de todos os demais – recebe. Ou alguém supõe que essas pessoas todas trabalharam no final de semana apenas para não ficar em casa? Quiçá, por diversão?
Para completar, o tema da redação não poderia ser mais adequado: “O trabalho na construção da dignidade humana”. Para apoio, dois textos: um que versava sobre a época da escravidão; outro que tratava do trabalho no futuro, com uma boa dose de machismo, além da indicação da perda de direitos trabalhistas num futuro bem próximo. Em cada sala de aula, dois escravos contemporâneos que recebem, mensalmente, salários e tratamentos indignos tanto dos governos quanto da sociedade em geral.
O que se pode esperar do futuro da educação num país que trata mal seus educadores? Que interesse pode-se exigir dos jovens que vivenciam essas situações de desrespeito? Como se pode explicar que o estudo é a melhor herança que se deixa aos filhos?
Enquanto os princípios básicos da população não forem tratados com dignidade – leia-se saúde, educação, moradia, segurança, trabalho e lazer – não haverá uma sociedade livre das drogas, do tráfico, da violência, da barbárie que é mostrada diariamente em todos os veículos de comunicação.
Ora, mas a 8ª economia mundial participa do encontro anual do G20.


Eunice Couto
Professora Estadual
Pelotas