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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PM do Rio de Janeiro espanca e intimida com arma de fogo educadores e estudantes em greve

Cabral manda espancar educadores, mas a mobilização da categoria derrota seus planos


Neste 08 de setembro iniciou-se a greve dos educadores estaduais no Estado do Rio de Janeiro. A primeira atividade deste dia foi uma grande passeata pelo centro da cidade com a participação de cerca de 4 mil trabalhadores da educação.

Participaram também desta atividade centenas de alunos do ensino fundamental e médio. Esta foi a maior passeata de trabalhadores que a Av Rio Branco já viu neste ano.

Porém ao chegar a Alerj o governo de Sérgio Cabral manda a PM espancar os professores, funcionários e alunos já sentindo o peso da derrota imposta pela mobilização desta heróica categoria. A violência de policiais militares enviados por Sérgio Cabral deixou um saldo de 10 profissionais feridos e hospitalizados, e 02 presos, mas não conseguiu dispersar a manifestação. Um dos presos foi um diretor do SINDIPETRO-RJ que estava prestando a solidariedade dos petroleiros ao ato dos educadores. Gás lacrimogêneo, balas de borracha, gás de pimenta e cassetetes e até arma de fogo, Estes foram os métodos utilizados por Cabral para tentar barrar a manifestação legítima e democrática.

Mais uma vez fica comprovado. A mobilização, a luta é capaz de defender nossos direitos, manter nosso Plano de Carreiras e enfrentar as bombas e a truculência da polícia assassina do governo. A greve do dia 08 teve uma adesão de mais 80% da categoria. Colocou nas ruas e enfrente ao palácio legislativo estadual milhares de trabalhadores, possibilitando com isso a vitória. Acabar com uma gratificação meritocrática como a do Programa Nova Escola é uma vitória. Os educadores vão a rua para acabar com a lógica desta gratificação e defender seu Plano de Carreira. Ambas as tarefas foram cumpridas.

Mas a luta não acabou. O governo de Cabral vem tentando implementar as políticas gestadas pelo MEC de Lula. Por sua vez o governo federal tenta seguir a risca as determinações do Banco Mundial e da OMC. Todo esforço destes governos para cumprir as metas dos organismos internacionais se materializa em políticas que aprofundam o desmonte da educação, o aumento da terceirização e a privatização serviço público. Ao mesmo tempo em que acoberta o desvio de verbas realizado pela quadrilha do Senado de Sarney, estes governos pretendem transformar a educação em uma mercadoria que só alguns possam comprar. Por isso a luta dos trabalhadores da educação estadual segue. A nossa greve deve ter a força de arrancar a incorporação dos educadores com jornada de trabalho de 40 horas semanais no Plano de Carreiras. Estes servidores estão a 15 anos fora do Plano. Por isso a nossa mobilização tem hoje três objetivos: Incorporar a gratificação do Nova Escola ainda no mandato do atual governo, Incorporar os educadores com jornada de trabalho de 40 horas semanais no Plano de Carreiras e garantir que nenhum centavo seja descontado dos contra cheques com esta greve.

Nesta próxima quinta feira, dia 10 de setembro, voltaremos às ruas para garantir com nossa luta estes pontos, como parte da luta em defesa de uma escola pública e de qualidade.

A greve continua, Cabral a culpa é sua!

Saudações socialistas,
Pitéu
Publicado em www.conlutas.org.br

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