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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

LHS e BAUER: A Educação de Santa Catarina na berlinda

Mesmo após os protestos do magistério diante das intervenções arbitrárias do Governo LHS em temas de interesse exclusivo da comunidade escolar, o governador continua agindo com autoritarismo. O mais recente “canetaço” atinge a grade curricular, com a implantação de atividades complementares dentro das escolas da rede pública estadual.
Ao anunciar os projetos especiais (atividades complementares) para os alunos matriculados na rede, o Governo LHS desrespeita, sem qualquer constrangimento, a autoridade do professor e a inteligência da população catarinense. Ele não submeteu os projetos complementares à discussão com os profissionais da Educação e os impõem em um momento em que a vida escolar já está organizada e se aproxima do final do ano letivo.
Para estas atividades serem ministradas nas escolas, será preciso a contratação de novos trabalhadores ACTs, ou seja, dispensados de processo seletivo. Para nós, a não existência de processo seletivo soa como “cabide de emprego” para os compadres e afilhados políticos e interesses eleitoreiros do Governo LHS. Vai beneficiar os amigos do rei!
Diante de mais um abuso de autoridade política do Governo LHS e de pouco caso com as reais necessidades da comunidade escolar, a categoria e sociedade catarinense devem dar um basta na arbitrariedade de um governo que dialoga, não concilia, não avança; ao contrário, causa indignação e revolta sem contar com os prejuízos que traz à Educação pública de Santa Catarina.
O governador Luiz Henrique e o secretário Paulo Bauer são persona non grata à Educação pública catarinense. Este sentimento não é compartilhado apenas pelos trabalhadores, mas também por alunos e pais de alunos descontentes com uma política nefasta e prejudicial ao conteúdo pedagógico construído entre trabalhadores e alunos ao longo do ano letivo.
A revolta com essa política é cada vez mais crescente: no Instituto Estadual de Educação (IEE), o maior colégio público do Estado, os alunos estão mobilizados contra a reenturmação (junção de turmas). Eles não aceitam a interferência do governo, na metade do ano, na rotina do colégio e paralisaram na semana passada as aulas e elaboraram cartazes com frases de protesto contra as medidas antipedagógicas e arbitrárias, como é a reenturmação. Na última terça-feira os alunos do IEE foram em passeata até à SED se manifestar contra as interferências do Governo LHS no cotidiano das escolas, com a determinação goela abaixo de regras e normas que já foram rejeitadas pela categoria e comunidade escolar.
O SINTE condena categoricamente a arbitrariedade do Governo LHS, e reivindica a abertura de negociação para que possam ser discutidas questões salariais e de valorização dos trabalhadores e da educação pública, gratuita e de qualidade. A categoria está mobilizada aguardando uma audiência com o secretário Bauer. Seminários sobre a municipalização estão sendo realizados em todo o estado, e é cada vez mais crescente o descontentamento com um Governo que não recebe os trabalhadores da Educação.
No próximo dia 12 de setembro está marcada a reunião do Conselho Deliberativo, em Florianópolis, que pautará as discussões para a assembléia estadual no dia 1 de outubro. Vamos à luta defender o que nos é de direito!

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