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quinta-feira, 30 de julho de 2009

RECESSO ESCOLAR

O período de recesso das aulas da rede publica estadual será estendido até o dia 17 de agosto. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 29, durante entrevista coletiva concedida pelos secretários estaduais da Educação, Mariza Abreu, e da Saúde, Osmar Terra.
O retorno dos 1,2 milhão de alunos das 2,6 mil escolas estaduais estava programado para ocorrer na próxima segunda-feira, 3, mas foi prorrogado por mais 14 dias. A medida segue orientação do Comitê Estadual de Enfrentamento a Influenza A H1N1 (Gripe A).
Osmar Terra explicou que o comitê recomendou a prorrogação do recesso escolar como forma de evitar aglomerações nas instituições de ensino e para diminuir a velocidade de propagação da Gripe A. O secretário da Saúde destacou a importância de tranqüilizar a comunidade escolar, tendo em vista que as projeções das autoridades sanitárias indicam que 99% da população gaúcha não será infectada pelo vírus. “Sabemos que postergação do recesso não vai influenciar na diminuição significativa do número de casos, mas vai retardar a velocidade de transmissão”, observou.
De acordo com Mariza Abreu, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) decidiu seguir a recomendação do Comitê de Enfrentamento a Gripe A visando tranquilizar e subsidiar a comunidade escolar com informações de prevenção. A secretária da Educação afirmou que as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) deverão repassar, até sexta-feira, 31, ofício às escolas contendo informações quanto a prorrogação do recesso.
Na próxima semana, Mariza Abreu adiantou que será feita reunião com os coordenadores regionais de Educação para discutir a recuperação das aulas após esse período. “Pretendemos recuperar as aulas ainda dentro do calendário do ano civil de 2009. Certamente usaremos os sábados para isso”, avaliou.
O calendário letivo da rede estadual para 2009 terminaria dia 23 de dezembro e está disponível no site da SEC (www.educacao.rs.gov.br). O documento segue critérios estabelecidos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, como o cumprimento de 200 dias e 800 horas/aula por ano.
Publicado em Zero Hora e no site do governo

Piratini recua e PODE desisitir da reestruturação de carreiras dos servidores

Adesão ao novo plano deverá ser opcional para quem já integra o quadro de funcionários

A crise política no governo gaúcho pode estar sepultando o principal projeto que seria discutido na Assembleia Legislativa neste ano. A proposta de revisão e reestruturação dos planos de carreira dos servidores estaduais será arquivada caso não haja um consenso das categorias e das bancadas dos partidos aliados. O entendimento é que se as matérias entrarem em votação em um momento complicado e de contrariedade dos sindicatos elas seriam reprovadas.

Para amenizar a situação, a estratégia será determinar que a adesão ao novo plano seja opcional para aqueles servidores que já integram o quadro. Em entrevista nesta manhã ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, afirmou que o projeto só passará a tramitar depois de muita articulação. A ideia inicial da governadora era encaminhar a proposta para a Assembleia no primeiro semestre deste ano. Agora, o envio, se acontecer, não tem data prevista.

A indefinição do Piratini causou o desgaste de alguns secretários. Os casos mais emblemáticos são os de Erik Camarano, secretário-geral de Governo, e Mariza Abreu, secretária da Educação. Nesta semana, Yeda Crusius ficará no Palácio das Hortênsias, em Canela, as mudanças que ocorrerão nos cargos do Piratini e no primeiro escalão do governo. Apesar de ter a sua saída especulada, Wenzel conta com a confiança da governadora.

As primeiras substituições ocorrerão no gabinete da governadora. Nos próximos dias, deixarão o governo o chefe de gabinete Ricardo Lied e a assessora especial Walna Meneses.

Divulgado pela RÁDIO GAÚCHA

sábado, 25 de julho de 2009

Mais uma notícia de jornal.....

ANO 39 - Nº 8991 - Vale do Taquari, Lajeado, edição de sexta-feira, 24 de julho de 2009


Os ratos (versão impressa)


Adão Paiani (*)


O fato novo envolvendo o chefe de Gabinete da governadora do Estado, Ricardo Lied, essa figura que, como outros, move-se nas sombras e escaninhos do poder, como a longa manus de interesses impublicáveis da progenitora maior do Estado, não pode e não deve ser encarado como algo menor. Muito ao contrário, é talvez um dos episódios mais graves ocorridos não apenas nesse governo, que tanto tem se notabilizado pela prática quase diária de atrocidades contra a Justiça, a lei e a cidadania, mas na história recente do Rio Grande.
As circunstâncias de mais esse escabroso caso envolvendo agentes do governo que gravitam em torno de Yeda Rorato Crusius não estão sendo abordadas pela grande mídia com a abrangência que a gravidade do episódio exige. O próprio jornal procurado pelo presidente do Detran, Sérgio Buchmann, para denunciar a tentativa de chantagem e intimidação que recebeu, vem, muito a contragosto, dando um espaço mínimo para o fato e seus articulistas, e outros do mesmo grupo, oscilam entre a timidez da análise, a descaracterização do crime cometido e a falta de argumentos para reconhecer que não tem mais como omitir da opinião pública a verdade dos fatos.
A revelação que Ricardo Lied fez-se acompanhar, em sua “visita” a Buchmann, pelo superintendente dos Serviços Penitenciários, Mário Santa Maria Júnior, é a prova que faltava para chegarmos ao mandante do delito cometido. Conhecendo Santa Maria, quadro do PSDB como Lied, posso assegurar que ele jamais o acompanharia na empreitada se não houvesse recebido ordem superior para isso, emanada diretamente da governadora do Estado, de quem partiu a tentativa de convencer a transigir em seus posicionamentos um técnico comprometido em realizar aquilo que considerava, ao assumir o cargo, interesse do governo: moralizar a autarquia. Nem Lied nem Santa Maria agiram de modo próprio.
A história, já foi dito, acontece primeiro como tragédia e depois como farsa. Ricardo Lied tem tudo para se transformar no “Gregório Fortunato” de Yeda Crusius. Tem a cobertura e a cumplicidade da sua “chefe” para continuar delinquindo, e por isso transita com tanta desenvoltura em locais e situações distantes de suas atribuições. O ambiente para repetição da história está pronto e não faltará uma Rua Toneleiros, um Carlos Lacerda ou um major Vaz para que ela se repita como farsa. Com a substancial diferença de que, ao contrário dos episódios de 1954, esse governo não possui contra si apenas insinuações de um ferrenho opositor, um tribuno exaltado, como Lacerda, mas um conjunto de denúncias e materialidades de crimes de toda a ordem, vindo de dentro da sua própria estrutura. E, certamente, a governadora do Estado está a uma abissal distância da estatura moral de um Vargas. Não esperemos dela qualquer gesto de desprendimento.
A utilização das estruturas de segurança do Estado e de seus mecanismos, pelo atual governo, para exercer chantagem e pressão política tanto contra adversários quanto para seus próprios integrantes, denunciados por mim quando da saída do governo, se alguém ainda tinha alguma dúvida, se comprovou agora. Essa prática, cuja existência tentei levar ao conhecimento da Governadora, levou à minha exoneração. Agora, sabe-se, que ela não apenas conhecia os fatos denunciados, mas fazia e faz uso dessas práticas. Por isso a tentativa inicial de desqualificar minhas denúncias. Por isso a tentativa de, mediante uma sindicância fraudulenta, buscar algo que pudesse colocar em dúvida minha conduta, minha dignidade pessoal e meu caráter.
Seria injusto negar que dentro do governo, e mesmo em sua base política de apoio, existem pessoas com grande qualificação moral, as quais têm evitado que tudo desabe como um castelo de cartas; temeroso de prejuízos à governabilidade, e esse é o seu principal equívoco. A cada dia são sufocados e arrastados pela devassidão dos ratos que se movimentam, abrigados pela impunidade, com cada vez mais desenvoltura. E com eles acabarão perecendo.
Enquanto isso, cercados pela omissão e pelo silêncio de tantos, perguntamos: Quousque tandem abutere, Yeda, patientia nostra?
Até quando?

(*) advogado
Publicado no Jornal Vale do Taquari, 24/07/2009.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

SAERS: CPERS/Sindicato critica a forma de avaliar



A forma de avaliação do rendimento escolar escolhida pelo governo do Estado, através do Saers/SEC, é contestada pelo CPERS/Sindicato. A presidente Rejane de Oliveira argumenta que esse sistema prevê apenas a aplicação de uma prova para avaliar o aprendizado do aluno. 'Há vários elementos que precisam ser considerados, como o fato de o teste ser aplicado em um momento em que o aluno pode não estar bem. Não é possível estabelecer um parecer a partir de um só momento escolar'. Assim, segundo ela, o discurso de aferição da qualidade da Educação não pode ser avaliado em só uma prova. 'É um equívoco, é um método que não condiz com a realidade.'

Rejane entende que é preciso respeitar as diversidades de cada região. Diz que quem estuda na área rural não vive a mesma realidade do aluno de uma instituição urbana; e que a prova padroniza o aluno e não respeita a sua realidade. Para a dirigente, a melhoria da Educação deve estar embasada em: investimentos na escola, boa qualidade do material pedagógico, condições de trabalho para o professor e o aluno, e valorização profissional.

Matéria publicada pelo jornal Correio do Povo, ediação de 23 de julho de 2009




domingo, 19 de julho de 2009

E os seus "feitos" continuam aparecendo pelo Brasil...





Poucos governadores conseguem ocupar tantas capas de jornais quanto esta...
Quem será mais perigosa: Yeda ou Gripe Suína???

quinta-feira, 16 de julho de 2009

DIA DE PROTESTO DEU MAIS UM PASSO NA LUTA PELO FORA YEDA


Desta vez o alvo dos protestos foi a mansão da governadora comprada com caixa dois de campanha, conforme denúncias feitas ao Ministério Público Federal, por um de seus ex-arrecadadores de campanha.
Era um pouco mais de 6 horas da manhã quando uma delegação de servidores públicos e militantes do movimento social iniciaram uma manifestação com a colocação de uma réplica de uma escola de lata na rua em frente a casa.
Ao ver a manifestação a governadora, como é de seu feitio, saiu da casa gritando e provocando os manifestantes. Escreveu um cartaz de seu próprio punho dizendo que os manifestantes não eram professores mas "torturadores de crianças". Após, foi até a grade agredir verbalmente os manifestantes.
Quando a atividade já estava no seu final, não contente com suas grosserias a governadora ordenou que a tropa de choque atacasse duramente os manifestantes, o que resultou na prisão de vários dirigentes, entre eles a Presidente do CPERS, Rejane de Oliveira, e a Vice Neida Oliveira.


Mas o dia apenas estava começando. Às 11 h aconteceu uma grande manifestação em frente ao Palácio Piratini, apesar da forte chuva que caía naquele momento na capital gaúcha. A juventude do PSTU e da Alternativa Socialista organizaram uma grande passeata, reunindo centenas de estudantes que percorreram as avenidas do centro de Porto Alegre até se juntarem ao Ato, em frente ao Piratini.




A crise no governo continua forte e faz o mesmo agonizar, porém este busca ganhar tempo, usando fortes propagandas a fim de estancar a crise. O único caminho de evitar que o governo se recupere é continuar com as mobilizações e como disse Julio Flores, falando pelo PSTU, “construir um dia de paralisação estadual do conjunto da classe trabalhadora”.
Além das atividades gerais o dia de protesto foi marcado pelo uso da cor preta e manifestações nas escolas com períodos reduzidos, debates, discussões com a comunidade, além de atos nas cidades do interior.
Em Caçapava do Sul, professores que não participaram do Ato Estadual, vestiram a cor preta, em sinal de protesto pela falta de respeito com que os serviços e os servidores públicos, em especial a educação, são tratados. Esta falta de respeito traduz a pouca importância com o cidadão que paga seus impostos e tem direito a serviços de qualidade.

Agora é manter a campanha pelo Fora Yeda e preparar o 14 de agosto, Dia Nacional de Luta.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Luta contra mudanças no Plano de Carreira em Bagé





Na manhã desta quarta-feira, dia 15 de julho, por proposição da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Bagé, ocorreu uma Audiência Pública sobre o Plano de carreira. Diversas escolas da cidade e comunidade escolar se fizeram presentes, lotando as galerias da casa.

Aberta a sessão, a vereadora Jussara Carpes informou que foi convidado o coordenador regional de educação o qual não compareceu nem justificou.

A diretora do 17º Núcleo, Profª Ana Lúcia, falou aos presentes sobre as mudanças do plano de carreira. Logo após, o Prof. Orlando, representando a direção Central do CPERS, falou sobre o acordo com o Banco Mundial, firmado pelo governo Yeda, programa de privatização, déficit zero, fim da gestão democrática e previdência complementar.

Os presentes se manifestaram, denunciando o autoritarismo deste governo e a inconformidade com as propostas de mudanças no plano de carreira, o qual foi conquistado pelos trabalhadores em educação com muita luta.

A diretora do Núcleo encerrou a audiência convocando a todos para a mobilização do dia 16 de julho e ressaltando a vitória obtida desde a greve de novembro de 2008, que impediu o governo de fazer as alterações negociadas com o banco Mundial. A comunidade escolar presente saiu mobilizada e fortalecida demonstrando entusiasmo para os próximos embates.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

ATO PÚBLICO
DIA 16/7/2009
FORA YEDA!!!
IMPEACHMENT JÁ!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O réquiem tucano no RS

A saída do secretário Otaviano Brenner de Moraes do primeiro escalão do governo Yeda parece marcar o início da última fase de um governo que agoniza desde o meio do ano passado mas que esteve doente desde o seu nascimento. De direito, Otaviano era o Secretário Estadual de Transparência. De fato, era o último dos homens fortes do governo fazendo as vezes de Chefe da Casa Civil, advogado de defesa da governadora e até mesmo seu porta-voz eventual. Sua saída no mesmo dia em que vieram à tona informações de que outros dois secretários estão na mira da Polícia Federal (Marco Alba, da Habitação, está sendo investigado e Rogério Porto, da Irrigação, já foi indiciado), debilita Yeda de tal forma que, nos corredores da Assembleia Legislativa, já se começa a falar em renúncia da governadora.

Embora pouco provável pela postura adotada por Yeda diante da crise – ela posa ao lado de pés de bungavília, faz uma balanço comemorativo de 30 meses mas se esconde da imprensa, segue reafirmando que o Estado vai muito bem obrigado quando todo o funcionalismo pede seu impeachment e qualifica de requentadas denúncias dos próprios partidários que a colocam como figura central de uma quadrilha – a renúncia da governadora certamente seria vista por alguns aliados como um verdadeiro alívio.

Ninguém fala publicamente isso, mas nos bastidores, lideranças dos grandes partidos que apóiam Yeda já estariam cogitando conversar com o vice-governador Paulo Feijó (DEM) sobre uma futura composição de governo. Seja por torcer pela renúncia, seja por não mais acreditar numa reabilitação política da tucana ou, ainda, por considerar que, quando todas as investigações se encerrarem, o que era para ser o “novo jeito” não terá mais jeito algum.

Quem faz estas contas deve estar levando em conta que há denúncias contra gente do governo em toda a parte, no Ministério Público Federal, no Ministério Público de Contas, no Ministério Público Estadual, no Ministério Público Eleitoral, na Polícia Federal, na Procuradoria Geral da República e até no Supremo Tribunal Federal. Qual é, afinal, o órgão que não está investigando o governo Yeda?

É mesmo muita fumaça para que seja produzida por uma fogueirinha de fundo de quintal e tudo leva a crer que o incêndio seja de grandes proporções e já possa estar comprometendo até mesmo as estruturas da mais importante e imponente construção do Estado, o Palácio Piratini.

Por Maneco, no blog www.rsurgente.org

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Cartilha "Lições do Rio Grande"

DOE DE 30.06.09, P. 25:
Assunto: Contrato
Expediente:038491-1900/08-0

Contrato de Prestação de Serviço n.º 050/2009

PARTES: O Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria Estadual da Educação, e a Total Editora Ltda.
OBJETO: Contratação de empresa para prestação de serviços de revisão de texto, criação do projeto gráfico, impressão, editoração, publicação e distribuição de 1.178.000 (um milhão cento e setenta e oito mi) exemplares de cadernos pedagógicos, bem como de material de uso individual, constituído de crachá, cartões de identificação e blocos, para o programa "Lições do Rio Grande", dentro do projeto estruturante "Professor Nota Dez", para a Secretaria de Educação.
PRAZO: 60 (sessenta) dias a partir da publicação da respectiva súmula.
VALOR: R$ 2.971.000,00 (dois milhões, novecentos e setenta e um mil reais).
Recurso Financeiro U.O: 1901: Atividade/Projeto: 6348; Elemento: 3.3.90.39.3934; Recursos:0292 e 1778; Empenhos: 9003099886 e 9003099892 e Data do Empenho: 17/06/2009.

Porto Alegre, 18/06/2009."

Base governista rejeita emendas para Saúde e Educação

Em votação realizada na terça-feira 7, a maioria governista na Assembleia Legislativa rejeitou as emendas que destinavam 12% do orçamento para a saúde e 35% para a educação. A votação foi acompanhada por centenas de servidores, que lotaram as galerias do plenário do Legislativo gaúcho. Mas por falta de quorum, a peça orçamentária não foi votada. A votação deve ser retomada nesta quarta.

Por 24 votos a 17, a emenda da saúde foi rejeitada. Com isso, o Rio Grande do Sul continua descumprindo o que determina a Emenda Constitucional 29, que não necessita de mais regulamentação. Outra emenda rejeitada foi a da educação. O percentual mínimo determinado pela Constituição Estadual mais uma vez deixará de ser cumprido pelo governo.

A rejeição das duas emendas mantém o Rio Grande do Sul entre os estados que menos investem em duas das áreas consideradas prioritárias pela população. Atende a política de precarização dos serviços públicos colocada em prática por Yeda Crusius desde que assumiu, em janeiro de 2007, o governo do estado.


João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Publicado em www.cpers.com.br

sábado, 4 de julho de 2009

A terra paralela de Yeda Crusius e seus pares omissos (e omitidos)

por Marco Aurélio Weissheimer (adaptado)

Quem olha para os últimos movimentos e declarações de Yeda Crusius (PSDB) pode constatar o crescimento exponencial da terra paralela construída pela governadora. Ela reúne todo seu secretariado, com pompa e circunstância, para “comemorar os 30 meses de seu governo”. Fala de um Estado que só existe nas fronteiras fechadas de alguns gabinetes do Palácio Piratini. Logo em seguida, pega seu instrumento voador e viaja a Brasília, onde, segundo ela declara, as flores ajudam a restituir o equilíbrio. Defende a assessora Walna Villarins Meneses das denúncias de envolvimento com desvio de recursos públicos e destaca a transparência que marca seu governo. Ela até criou uma secretaria para mostrar que seu governo preza a transparência e a probidade administrativa.

A primeira secretária, Mercedes Rodrigues, pediu demissão e saiu dizendo que o governo não estava seriamente interessado em uma gestão transparente. O segundo secretário, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, está demissionário. Recomendou à governadora a abertura de uma sindicância interna e o afastamento de Walna. Entre outras coisas, a assessora foi flagrada em uma escuta telefônica da Operação Solidária, falando sobre compra de flores (estas que ajudam a restituir o equilíbrio) e operações bancárias. Yeda e Walna gostam muito de flores. Estão plantando várias no Palácio Piratini.

Enquanto isso, no mundo real, o governo se arrasta no dia-a-dia bombardeado por denúncias de corrupção, fraudes em licitações, caixa-dois, três… a população é informada que o Rio Grande é o Estado que menos investe em saúde e educação no país. A atividade produtiva do RS registra queda recorde.

Também no mundo real, os pais políticos de Yeda Crusius (PSDB) combinam uma operação dupla, tentam desesperadamente segurar um governo que se esvai a cada dia, barrando a instalação de uma CPI da Corrupção na Assembléia Legislativa. Tentam salvar os próprios dedos, também seriamente chamuscados por denúncias de corrupção. E, ao mesmo tempo, procuram esconder sua responsabilidade pelo atual estado de coisas no Rio Grande do Sul. Esses pais têm nome e sobrenome: Pedro Simon, Eliseu Padilha, Germano Rigotto e José Fogaça são alguns deles. Todos seguem sustentando o arremedo de governo instalado no Piratini, mas cuidam para não serem associados ao mesmo.
O governo Yeda Crusius representa o ápice de um processo de degeneração política e cultural de um Estado que, segundo alguns, seria o mais politizado do país. Quem é afinal, responsável, pelos constrangedores e vergonhosos dias que estamos vivendo hoje?