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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pouca vergonha toma conta da AL gaúcha

Após inúmeras denúncias, o Ministério Público Federal acatou e encaminhou pedido de afastamento da governadora do RS, Yeda Crusius (PSDB). Na sequência, os deputados de oposição conseguiram as assinaturas necessárias para instalar a CPI da Corrupção – a qual previsivelmente não dará em nada. Porém, esperava-se, ao menos, uma encenação melhor, que não tem ocorrido. Dia 20 de outubro, a base governista aprovou o parecer da relatora da Comissão Especial do Impeachment, deputada Zilá Breitenbach (PSDB), que decidiu pelo arquivamento sem ter discutido, com os demais integrantes da comissão, os documentos que embasavam o pedido de afastamento.
A responsabilidade pelo arquivamento do processo de impeachment recai sobre os deputados e lideranças do PSDB, PMDB, PTB, PP e PPS decidiram cerrar fileiras, tanto na Comissão do Impeachment quanto na CPI da Corrupção para evitar que a Assembléia gaúcha seja um espaço de investigação das denúncias resultantes das operações Rodin e Solidária, que envolvem, segundo estimativa do Ministério Público Federal, um desvio de mais de 340 milhões de reais dos cofres públicos.

Em entrevista coletiva, concedida na quarta-feira, a governadora Yeda Crusius (PSDB) fez uma nova viagem ao mundo da ficção, chegando ao ridículo de afirmar que a transparência é uma das marcas de seu governo e que sempre procurou investigar as denúncias que pesam sobre ele. A CPI da Corrupção caminha com imensas dificuldades devido ao boicote promovido pelos deputados governistas.
Na ideia que tenta vender à população, a governadora diz apoiar as investigações. Na realidade, sua base parlamentar trabalha para impedir qualquer investigação. E Yeda posa de vítima, apoiada por uma pesada operação publicitária que despeja milhões de reais nos meios de comunicação do Rio Grande do Sul. Operação esta já questionada pelo Tribunal de Contas.

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