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domingo, 31 de julho de 2011

Tarso prepara o próximo ataque

A entrevista dada pelo governador Tarso Genro no programa Frente a Frente na TV E confirma sua disposição em atacar os trabalhadores em educação do estado. Mesmo usando de muita retórica e frases de efeito tipo “ a educação tem uma função pública extraordinária”, prestando um pouco de atenção percebemos que, depois do golpe da Reforma da Previdência, o governador prepara mais.
O governo tenta enganar a sociedade gaúcha e os trabalhadores em educação quando diz que a Meritocracia que quer impor é diferente da de Yeda. Como argumento usou que há “professoras dedicadas embora ganhem pouco e estas merecem ser premiadas”. Quando o jornalista falou sobre o salário de professor, desconversou.
Cada vez fica mais evidente que o governador não terá uma política de valorização dos educadores implantando o Piso nacional enquanto básico de nossas carreiras. Na verdade, seguirá os moldes do Plano de Carreira de Canoas estabelecendo metas individuais e por escola com um sistema de punição, premiação (para meia dúzia) e controle. Junto com a meritocracia, Tarso também anunciou o Controle Externo. Na verdade, ambos são ligados.
Também saltou aos olhos, os elementos autoritários na fala e nas atitudes do governador sobre a Reforma da Previdência quando acusou a imprensa de que esta “não gosta do governo” e que faz “denúncias irresponsáveis”. Longe de achar a mídia crítica e democrática, preocupa o fato de que quando aparece na mídia algumas críticas ao governo este ataque a imprensa. No caso, estava se referindo aos casos de corrupção, entre eles o último evento do Ministro de Transportes ao qual disse “não acreditar”.
Mas por que ele, Lula e o PT silenciam sobre as atrocidades cometidas pelos militares no passado recente e sobre as que estão ocorrendo hoje. Recentemente diversos manifestantes foram presos, no Rio de Janeiro, por protestarem contra o presidente Obama. Enquanto isso os corruptos estão soltos.
Em debate no programa Conversas Cruzadas (26/07) o representante do governo explicou como pretendem instituir seus ataques. Através de Decreto. Lula também gostava de decretos, como exemplo o PDE – Decreto nº 6094/2007. Será que os ventos de Hugo Chaves estão chegando ao Brasil? Ao mesmo tempo, em que ataca os professores com a meritocracia culpando-os se não atingirem as metas ele se desresponsabiliza em resolver um dos maiores problemas da educação pública: os péssimos salários e as pouquíssimas verbas com que as escolas sobrevivem. É necessária uma mobilização permanente para impedir os ataques que virão. Nossa primeira tarefa: preparar uma forte paralisação no dia 19/08.11. Vamos à luta!


Luiza Smielewski - professora estadual, diretora do 38º núcleo do CPERS e militante do PSTU

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